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O Karatê, a Comunicação e a Estreia Como Announcer no Boxe

Sheila Kunha


Marcius Pirôpo

(campeão mundial de Karatê)

Comecei no Karatê em 1983, aos 5 anos, em Salvador-BA. Aos 40 anos, conquistei o título mundial na Itália, em 2019. Antes disso, fui 5 vezes campeão baiano, 4 vezes campeão brasileiro e 2 vezes campeão Norte-Nordeste. Tudo isso foi possível graças a foco, força e determinação.


O Karatê é minha base filosófica. A disciplina que aprendi no esporte ajudou muito no trato com as pessoas no meu trabalho como radialista e repórter.


As emissoras de rádio falavam apenas de futebol e política, dando pouco espaço para outros esportes. Foi por isso que decidi abrir um site e, com o tempo, fui estudar jornalismo na universidade.


Conciliar as carreiras de atleta, professor e comunicador não é fácil. É preciso disciplina com os horários e estar antenado de domingo a domingo. Saber liderar foi uma das habilidades mais úteis que o Karatê me ensinou. Assim como todas as artes marciais, ele nos dá uma capacidade de liderança muito forte.


O esporte influencia diretamente minha forma de contar histórias e relatar eventos esportivos. Ter experiência em Karatê e Kickboxing me ajudou muito quando trabalhei em eventos de boxe e jiu-jitsu.


Como professor e atleta, um dos momentos mais marcantes da minha trajetória foi a conquista do título mundial na Itália, em 2019. Meu aluno Natan, que tem Síndrome de Down, conquistou a prata contra 17 países, e eu levei o ouro. Isso marcou profundamente minha vida. Como comunicador, um grande momento foi ser announcer em Brasília, convidado pelo presidente Lalá para um mega evento.


Ser announcer em um grande evento de boxe foi emocionante. O convite veio do mestre Admilson Vasconcelos da Cruz (Lalá). Dei o meu melhor e sou eternamente grato por essa grande oportunidade na minha carreira.


Para essa estreia, procurei assistir a diversos apresentadores de eventos de luta e extrair o melhor de cada um. O nervosismo foi natural, mas com o apoio do presidente Lalá, me senti confiante.


A sensação de anunciar grandes atletas e sentir a energia do público foi incrível. Me senti como se estivesse anunciando um evento em Las Vegas.


Gostaria muito de continuar atuando como announcer, não apenas no boxe, mas também em eventos de outras artes marciais.


O esporte transforma vidas. Tive um aluno da rede pública que era traficante. Ele se tornou campeão baiano de Karatê, largou o crime, começou a ajudar os colegas na escola e hoje é um cidadão de bem.


O Karatê e o boxe são essenciais para o desenvolvimento da autodefesa e da disciplina. Um assaltante que levar um soco de um profissional do boxe certamente irá parar no hospital. E se um bandido levar um golpe de Karatê, se arrependerá de ter tentado. Mas essas artes vão além da reação: os praticantes dessas modalidades estão sempre atentos.


Para quem deseja iniciar nas artes marciais, mas ainda tem receio, eu digo: vá fundo! Sem medo! Treinar artes marciais é mais seguro do que treinar futebol.


O esporte resgata vidas. A comunicação pode fortalecer as entidades esportivas para que novos investimentos fomentam as modalidades e inspirem novas gerações.


Estou voltando para a sala de aula, lecionando Karatê e Educação Física. Quero chegar à terceira idade sendo um sensei ativo e, se possível, ainda competindo. Na comunicação, pretendo investir na carreira de locução de eventos.


Para jovens atletas e futuros comunicadores, meu conselho é: estudem e treinem muito. Não existe sorte.


"Sorte é quando a preparação encontra a oportunidade."

Quero ser lembrado como um professor que preparou atletas para a vida. Na comunicação, quero ser reconhecido pelo meu carisma e humildade.


Definida em uma palavra sua jornada :


RESILIÊNCIA.

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