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O Gesto técnico mais importante do Voleibol!

  • Emerson Fischer
  • 10 de abr.
  • 2 min de leitura

           Quando pensamos em Vôlei duas coisas nos vem à mente, os movimentos que nossos ídolos do esporte executam com tanta maestria, seja aquela pancada na PIPE, ou aquela buscada de peixinho no fundo da quadra, bem como aquela indagação de quando passou a gostar deste esporte. Você já se perguntou sobre isso? Já fez esse passeio de por onde tudo começou?

             Para a geração atual a aproximação com o esporte é algo bem simples, fácil acesso aos espaços de prática, inclusive ginásio de alta qualidade, tênis e bolas profissionais, tudo isso graças a democratização do esporte. Mas também tem aquela turma que começou a um pouco mais de tempo, diria em outro século, em outro momento do nosso país.

            Em meados dos anos 90, o acesso ao Vôlei era diferente, os ídolos eram outros: Tande, Giovane, Maurício, Marcelo Negrão e cia… nossos primeiros campeões Olímpicos! Tempos em que todo terreno baldio era um possível ginásio desportivo, onde uma galera empolgada transformava um matagal em um campo limpo e perfeito para jogo (sem espinhos e tocos já estava bom) através de uma empreitada em busca de uma quadra para jogar.

Em pouco tempo, através do auxílio de todos, reunia-se o material necessário para a construção dela. Um grupo ia em busca dos postes altamente tecnológicos, que inclusive já serviam de antena, dois bambus bem cortados e enterrados nos limites da quadra resolviam o problema. As linhas não eram impedimento também, uma enxada já fazia aquele sulco que arrancava o capim e já garantia uma demarcação duradoura (até o capim cobrir e ser necessário o uso da ferramenta demarcadora novamente). A rede sempre era patrocinada pelo seu Zé da feirinha, onde ele fornecia alguns sacos de armazenar cebola (aqueles que parecem uma redinha vermelho alaranjado), que depois de aberta, costurada e amarrada, resolvia nosso problema – inclusive, cabe aqui lembrar, que a quadra tinha a largura limitada pela quantidade de sacos doadas pelo seu Zé.

A bola, ahhh a bola! Essa era uma relíquia à parte, não existiam grandes exigências, sendo redonda e segurando o ar dentro por uns 30 minutos já estava ótimo (menos que isso era complicado, porque alguém iria acabar tendo que correr até o borracheiro algumas vezes durante o jogo). No entanto, bom mesmo era quando um dos amigos tinha uma bola de Vôlei (quando me apresentaram à monarquia na escola, juro que na hora lembrei do dono da bola), este era tratado como a estrela principal do jogo, ninguém contrariava suas vontades, era tratado como um rei mesmo, afinal, era ele o Dono da Bola!

Ao falarmos dos gestos técnicos sempre vamos pensar naquela manchete bem feita, aquele toque que deixa o atacante no jeito pra dar aquela cortada fulminante, mas ao olharmos para além do jogo, entendemos que nessa sociedade de redes sociais, onde nunca estivemos mais perto e ao mesmo tempo tão distantes, bem como no passado quando a peregrinação de casa em casa convidando os amigos e o dono da bola (nem sempre era o mais querido, mas era o dono da bola) para o encontro na quadra e aquele joguinho, passamos a entender que o gesto técnico mais importante do Vôlei em qualquer momento de sua existência, é o ENCONTRO!

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