Franciscus…
- Jefferson Dieckmann
- há 2 dias
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Na manhã deste 21 de abril, feriado nacional no Brasil, todos nós amanhecemos um pouco órfaos. Faleceu Jorge Mario Bergoglio, o nosso Papa Francisco.
Parece que para nós, brasileiros do Sul e fronteiriços da Argentina, sua terra natal, a tristeza e o sentimento de falta é ainda maior. Afinal, o Papa era um nosso vizinho, conhecido e carinhoso.
Nascido em 17 de dezembro de 1936 em Buenos Aires, tornou-se o primeiro latino-americano a ocupar o posto máximo da Igreja Católica. Com hábitos simples e humildade, deixou ao mundo um verdadeiro legado de tolerância e diálogo. Com vontade e coragem, lutou intensamente para mudar a Igreja, inclusive apontando erros cometidos e pedindo perdão por eles.
Como se fosse apenas mais um de nós, sempre ergueu sua voz em defesa do meio ambiente, dos pobres, dos oprimidos e dos menos favorecidos. Em sua forma acolhedora de ver, nunca discriminou ninguém, acolhendo a todos e tornando a igreja mais humana e universal.
No Encontro Mundial da Juventude, se dirigiu aos jovens, dizendo:
“Sejam revolucionários! Tenham a coragem de ir contra a corrente”!
Uma das suas máximas era o “acolher ao invés de julgar.”
Com sua saúde já debilitada e enfrentando reações dentro e fora da Igreja, ele pedia: “Rezem por mim”.
Avesso a pompas e luxos, solicitou em testamento que o seu corpo seja sepultado em um corredor lateral da Basílica de Santa Maria Maggiore, igreja onde ele sempre se recolhia para orar, ao invés de repousar ao lado dos outros Papas no subsolo do Vaticano.
Este era o nosso vizinho, vigário de Buenos Aires e alguém que nós poderíamos ter encontrado em uma visita à capital portenha. Descanse em paz, querido Jorge Mario!
Que todos nós, um dia, possamos ser um pouco Francisco também.
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