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Guerda Maria Kuhn

Charlise Bandeira: Pioneira na Flauta Transversal na Música Nativista Gaúcha


Charlise Bandeira, Pedagoga e Flautista gaúcha, é natural da cidade de Rio Grande, RS. Aos 12 anos de idade ingressou a Banda Marcial Mate Amargo tocando os instrumentos surdo e lira e a partir daí não parou mais o fazer musical. Aos 16 anos de idade ingressou na Escola de Belas Artes Heitor de Lemos, cursando violão clássico por três anos com a professora Carla Penha e teoria musical e solfejo por cinco anos com as professoras Claudete Andersen e Marisa Saad.


Paralelo ao curso teórico, iniciou os seus estudos em flauta transversal na Banda Marcial Lemos Júnior, a mais antiga banda marcial em atividade no Brasil, com o professor Diego Cardoso. No ano de 2008 recebeu o convite do Maestro Luciano Nazário para integrar o elenco da Big Band da FURG, projeto cultural mantido pela Universidade Federal de Rio Grande, com foco no jazz e na música instrumental brasileira.


Em 2012 Charlise Bandeira acompanhou o músico, compositor e arranjador Nelson Faria, no espetáculo apresentado no CIDEC-SUL, no qual, além do show, foi oferecido aos participantes workshops e palestras.


Ainda no ano de 2012 a Big Band da FURG, ao lado do mundialmente reconhecido instrumentista gaúcho Renato Borghetti, realizou o show de abertura da 40° Feira do Livro da FURG, evento no qual Charlise teve contato íntimo com a Música Regional Gaúcha em seus diversos ritmos, gêneros e nuances, tornando-se uma estudiosa desta vertente cultural tão própria dos gaúchos.


Em março de 2013 recebeu o convite do cantor, músico e compositor regional Jader Leal para integrar sua banda, visando à inserção da flauta transversal na música regional nativista gaúcha, no intuito de quebrar alguns paradigmas musicais e inserir instrumentos diferentes dos usuais, obtendo como resultado um som leve e aveludado. Atualmente, Charlise Bandeira é a única mulher no segmento nativista que toca flauta transversal.


Em 2014, Charlise Bandeira iniciou um trabalho de oficinas de musicalização infantil com crianças em idades entre três e dez anos, atrelando seus conhecimentos de pedagoga à sua experiência musical provinda dos palcos. Nestas oficinas são trabalhadas o ritmo, a percepção musical, o timbre, a altura e os compassos de uma forma lúdica e adequada ao público. Em 2015, Charlise Bandeira realizou uma pós-graduação intitulada “Música na Escola” na Universidade Federal de Pelotas- UFPEL para assim poder agregar mais conhecimentos na área musical.


No ano de 2016, Charlise Bandeira participou das três edições da Stock Car no Rio Grande do Sul onde esta tocou o hino nacional brasileiro e o hino do Rio Grande do Sul acompanhada pelos músicos Jader Leal, André Lucena e Samuel Viganó, representando assim o estado em um evento de porte nacional.


No ano de 2018, Charlise Bandeira foi premiada no 8º Canto da Aldeia com o troféu de melhor instrumentista na linha musical e de melhor amadrinhadora na linha de poesia, além de ter recebido no 4º Celeiro da Poesia um troféu alusivo a ter sido a primeira instrumentista a amadrinhar um poema sozinha, sem o acompanhamento do violão, demonstrando-se assim que a flauta transversal e a música não possuem barreiras sonoras, mas sim a necessidade de se adaptar ao novo e de oportunizar novos sons aos ritmos que já existem aqui no nosso estado.


Além dos shows e oficinas, Charlise Bandeira também participa de festivais nativistas de música e poesia pelo RS e SC, além de realizar gravações em estúdio e participações de CDs e DVDs como artista convidada.


Em 2019 e 2022, recebeu a calhandra de prata na Califórnia da Canção Nativa com as canções “Guria” e “Partilhas”. Em 2019 também recebeu uma moção de louvor da camara de vereadores de Rio Grande por ter representado a cidade em eventos pelo estado. No ano de 2020 recebeu três indicações ao Prêmio Açorianos de Música com o disco “Beira de Mar, Beira de Rio” dos autores Carlos Hahn e Volmir Coelho, vencendo nas três categorias (melhor disco de 2020, intérprete e compositor). Charlise participou de 04 faixas do disco citado acima.


Em 2022, iniciou seu trabalho como compositora, vencendo a linha contemporânea da 21° Seara da Canção de Carazinho com a música “Em Querer Remoçar” em parceria com o poeta Carlos Omar Villela Gomes. Em 2023 recebeu o troféu de melhor instrumentista do 38° Ponche Verde da Canção, sendo a segunda mulher da história do evento a receber este prêmio. Atualmente, Charlise Bandeira cursa o 7° semestre do curso de Flauta Transversal Bacharelado na Universidade Federal de Pelotas – UFPEL – com o professor Raul Costa D’Avila e é integrante do projeto instrumental do músico argentino Alejandro Brittes quarteto.


No ano de 2024 recebeu o troféu Anita Garibaldi de Melhor Tema Sobre a Mulher Gaúcha no Reponte da Canção com a música Saudação, Minha Irmã, parceria com Su Paz e Barbara de Bittencourt. Também foi premiada no Levante da Canção com a música Granito, Veio e Canção, em parceria com Rita Mauch, recebendo o Troféu de Melhor Tema Sobre a Pedra.


Seja pela vestimenta típica da mulher gaúcha, seja pela flor vermelha nos cabelos, seja nos palcos da Big Band, ou nos shows de música gaúcha, mas principalmente pelo talento e sensibilidade na execução da flauta transversal, Charlise Bandeira é responsável por uma nova visão da música regional, folclórica, aproximando um instrumento clássico da música popular distintiva de todo o povo gaúcho!






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